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ITAÚ COMEÇA A FAZER DEMISSÕES EM PLENA PANDEMIA

Nada justifica as dispensas em uma empresa que continua obtendo lucros expressivos, mesmo em meio à crise econômica e sanitária; em reunião nesta quinta-feira 10, Sindicato voltará a cobrar responsabilidade do banco e irá reforçar a proposta de realocação dos trabalhadores

Desrespeitando o compromisso feito com o movimento sindical de não demitir durante a pandemia do coronavírus, o Itaú voltou a dispensar trabalhadores, com a justificativa de baixa performance e reestruturação de área.

Na Mesa de Crédito e Varejo (Emp. 2 e 3), o Sindicato dos Bancários de SP recebeu denúncias indicando que cerca de 10 funcionários foram colocados à disposição para que encontrem vagas, através do POC (Plano de Oportunidades e Carreira) em trinta dias. Caso contrário, serão desligados.

Na semana passada, a entidade havia recebido denúncia de três demissões nas Agências Digitais, sob a justificativa de “comportamento”.

Nesta quinta-feira 10, o Sindicato voltou a receber várias ligações de trabalhadores do CAT lotados na Plataforma Digital de Veículos e do Prédio do Aço fixados na área de Financiamento de Veículos que foram demitidos. Como se não bastasse, os bancários da área de financiamento de veículos relataram que estão sendo demitidos via Teams, aplicativo de reunião virtual.

O que torna as demissões ainda mais injustas e sem sentido é que naquele mesmo departamento estão faltando funcionários. Eles estão fazendo hora extra todos os dias para suprir as demandas da área.

“Nada justifica estas demissões no momento de instabilidade econômica pelo qual o país está passando, resultando em uma grande taxa de desemprego. Por outro lado, o Itaú segue lucrando muito e não precisa destes cortes”, afirma Valeska Pincovai, dirigente sindical e bancária do Itaú.

O lucro do Itaú segue expressivo, mesmo em meio à crise causada pelo novo coronavírus. O banco obteve lucro líquido recorrente de R$ 8,117 bilhões no primeiro semestre de 2020, e alta de 7,5% no trimestre – o lucro do primeiro trimestre foi de R$ 3,9 bilhões, e o do segundo trimestre chegou a R$ 4,205 bilhões

Enquanto está demitindo, o banco está contratando para Área de Tecnologia. Além disso, faltam funcionários em alguns departamentos e agências, o que está sobrecarregando os bancários que adoecem constantemente.

O presidente do banco, Cândido Bracher, divulgou, por meio de áudio, há alguns dias, que o home office não voltaria antes do final de janeiro, e a política de RH seria retomada, o que dá a entender que as demissões irão se intensificar.

O Sindicato cobrou respostas do banco para estas demissões e propôs a realocação dos trabalhadores.

Nesta quinta-feira 10, será realizada reunião virtual entre a Comissão de Organização dos Empregados e representantes do banco, ocasião em que voltará a ser cobrada resposta do banco e comprometimento com o acordo de não demissão durante o período de duração da pandemia do novo coronavírus, firmado com o movimento sindical

“Os bancários devem denunciar ao Sindicato as demissões e estaremos fazendo de tudo para preservar o emprego dos bancários. Temos que nos unir neste momento tão difícil para todos!”, afirma Valeska.

(Fonte: Seeb SP)

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