Desde o início desta semana, parece que partes expressivas do sistema bancário internacional entraram em parafuso. Nos Estados Unidos, o Silicon Valley Bank (SVB) faliu de forma tão ligeira quanto estrondosa. Na sequência, o Signature Bank, voltado para criptomoedas, seguiu caminho similar – a bancarrota. Nesta quarta-feira (15/3), na Europa, o Credit Suisse puxa as bolsas – e as ações de outros bancos – para o chão.
A grande pergunta é, afinal, o que está acontecendo com os bancos internacionais? Para o economista Robson Gonçalves, consultor Fundação Getulio Vargas (FGV), cada instituição tem seus problemas específicos, mas, no geral, elas sofrem com um cenário, no mínimo, bastante adverso. Como? É o que ele explica a seguir ao abordar, em especial, o caso do Credit Suisse.
O que está acontecendo com os bancos internacionais?
Vamos, primeiro, traçar um cenário geral. O fato é que as taxas de juros permaneceram por muito tempo baixas tanto nos Estados Unidos como na Europa. E isso sempre acaba provocando uma expansão do crédito, às vezes, com qualidade duvidosa. O que vimos recentemente é que as taxas passaram a sofrer sucessivas altas (para conter a inflação nos países desenvolvidos) e os bancos tiveram de se adaptar ao novo quadro. Nos dois primeiros anos do ciclo de alta, os problemas aparecem. Isso é comum. Essas instituições fizeram no passado recente operações com juros pré-fixados baixos. Agora, têm de virar a chave e captar com taxas mais altas. Em paralelo, temos um quadro de incertezas acentuado pela continuidade da guerra na Ucrânia. Isso complica tudo.
Fonte: Metrópoles
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