Daniella Marques deve trocar núcleo duro de Guimarães na Caixa

Após pressão, Santander começa a cumprir reintegrações
30 de junho de 2022
Pedro Guimarães teria assinado acordo para encerrar caso de assédio em outro banco
30 de junho de 2022

Daniella Marques deve trocar núcleo duro de Guimarães na Caixa

Segundo fontes, equipe de confiança do ex-presidente ajudava a blindá-lo das acusações de assédio

Integrantes da cúpula da Caixa Econômica Federal relataram à CNN que o agora ex-presidente do banco Pedro Guimarães tinha um núcleo duro de aliados dentro da estrutura do banco que ajudava a blindá-lo das acusações de assédio.

A expectativa no governo é de que a nova presidente do banco, Daniella Marques, substitua todos ou pelo menos parte deles.

Os nomes mencionados foram de Camila Aichinger, vice-presidente (VP) de Rede de Varejo; Celso Leonardo, VP de Atacado; Carlos Vagos, Alvaro Pires e Cleyton Carregari,amigos de infância e assessores especiais de Guimarães; e a chefe de gabinete, Rosana Guimarães.

Segundo uma fonte da cúpula do banco, eles abasteciam Guimarães com as informações internas para que pudesse operar internamente contra as denúncias. A aposta dentro do banco é de que os relatos da atuação de seus aliados internos chegarão às autoridades que vêm investigando o caso.

Há críticas ainda sobre a atuação da Corregedoria, muito embora fontes do banco terem informado à CNN que já havia procedimentos abertos contra o presidente da Caixa em andamento.

Procurada pela CNN, a Caixa disse que “as pessoas mencionadas são dirigentes e empregados que sempre desempenharam suas atividades com fidúcia, competência e profissionalismo”. “A Caixa reforça seu repúdio quanto a qualquer forma de assédio e assegura que sua Corregedoria tem trabalhado seriamente na apuração de todas as denúncias que chegam ao seu conhecimento. Além disso, a Caixa já vinha implementando ações pedagógicas com vistas a consolidar sua atuação preventiva contra todas as formas de assédio”.

Segundo o banco, “a corregedoria da Caixa é órgão independente, que inclusive integra o ecossistema das corregedorias públicas coordenado pela CGU. Todas as denúncias recebidas na corregedoria recebem o devido tratamento e prosseguem ou são arquivados exclusivamente por critérios técnicos sem que haja a participação ou interferência de qualquer empregado ou dirigente não lotado na unidade correicional”.

A empresa finaliza informando que “o ex-diretor de auditoria concluiu o seu mandato com ótima avaliação do trabalho desempenhado e sua saída foi motivada por questões de ordem particular, que não se relacionam com discordância quanto a gestão do banco”.

Fonte: CNN

Os comentários estão encerrados.