Apesar de anunciar uma série de restrições, a prefeitura evitou classificar como “lockdown”
Chapecó anunciou toque de recolher durante as próximas noites e o fechamento de todos os serviços não essenciais por uma semana, a partir desta terça-feira (23), em vídeo divulgado pelo prefeito João Rodrigues (PSD) na noite desta segunda (22) em suas redes sociais. O decreto ainda não saiu oficialmente, mas será publicado nas próximas horas, segundo a assessoria de imprensa.
Além do fechamento do comércio, como havia antecipado o colunista Ânderson Silva, o prefeito anunciou que restaurantes, bares e igrejas estarão fechados até o próximo domingo (28) e que os mercados funcionarão com apenas 30% da ocupação máxima. Além disso, João Rodrigues adiantou que o transporte coletivo continua circulando, com 50% da capacidade total. A Guarda Municipal será responsável pela fiscalização.
O pessedista, que chegou a determinar o prolongamento dos horários de funcionamento do comércio e dos restaurantes no início do mandato, como medida mais eficiente ao combate da pandemia, e que sempre se posicionou contra as restrições, afirmou durante o vídeo que não se tratava de lockdown e pediu “perdão” aos chapecoenses, além de “compreensão e colaboração de todos”.
– Sempre fui e sempre serei contra fechar tudo. Eu não acredito que fechar tudo resolva, mas neste momento não prevalece a minha opinião pessoal, nós temos que compartilhar as decisões, para tomar a melhor decisão – justificou João Rodrigues.
Embora não tenha dado mais detalhes sobre as novas medidas, o prefeito antecipou que a circulação de pessoas nas ruas estará proibida. Segundo a assessoria de imprensa do município, o toque de recolher será das 22h às 5h.
A exceção será para quem estiver em deslocamento do trabalho para casa ou se dirigindo até uma farmácia ou hospital. Ele ainda garantiu que a prefeitura “agora vai fiscalizar” as pessoas contaminadas e em fase de transmissão da doença:
– Todo e qualquer cidadão que positivou Covid será monitorado. E aquele que estiver circulando pelas ruas da cidade, participando de qualquer encontro que não seja o isolamento, responderá criminalmente por isso. Não sou eu que estou decretando, já responderia, só que agora nós vamos fiscalizar.
Fonte: NSC