De acordo com Guimarães, o banco não deve fazer parcerias com outras instituições grandes, já que elas podem conseguir apoio a partir de outros meios. “Até que ponto a Caixa Econômica Federal tem que ter mais de R$ 100 bilhões em empréstimos a grandes empresas, que podem tranquilamente tomar esses recursos no mercado interno e no mercado externo?”, disse.

Para ele, é necessário prestar atenção nos correntistas menores. “Por que a Caixa, com 93 milhões de clientes, que não consegue financiar microcrédito e não tem operação relevante de consignado, tem que emprestar para uma empresa gigante? Não vejo nenhum sentido”, afirmou.

Em sua fala, o novo presidente da instituição financeira também criticou a atuação da Caixa durante os governos petistas, quando empresas como a Petrobras receberam empréstimos.

Pedro Guimarães foi indicado por Paulo Guedes para comandar a Caixa. Ele é sócio do banco de investimentos Brasil Plural e especialista em processos de privatizações. O presidente da estatal acompanhou, por exemplo, a privatização do Banespa, antigo banco estadual de São Paulo.

Guimarães em 20 anos de experiência no mercado financeiro e é doutor em economia pela Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. Em sua tese, o novo presidente da Caixa Econômica Federal discutiu o processo de privatização no Brasil.