BANCÁRIOS QUEREM SUSPENSÃO DE ATIVIDADES PRESENCIAIS NA QUARENTENA

BRADESCO DEVE ANUNCIAR COMPRA DE PARTE DO C6 BANK NOS PRÓXIMOS DIAS
8 de julho de 2020
BOLSONARO VETA ULTRATIVIDADE DAS CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS
8 de julho de 2020

BANCÁRIOS QUEREM SUSPENSÃO DE ATIVIDADES PRESENCIAIS NA QUARENTENA

Entre funcionários e terceirizados de instituições financeiras em Curitiba e Região Metropolitana, o número de casos confirmados de Covid-19 subiu de 36 para 84 (135%) em apenas duas semanas. O aumento levou os bancários a pedirem a suspensão das atividades presenciais nas agências enquanto durar a quarentena no Paraná.

De acordo com o  Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários, Financiários e Empresas do Ramo Financeiro de Curitiba e Região (SEEB), entre trabalhadores de instituições financeiras, houve 48 novas confirmações de coronavírus num período de 15 dias, “considerando, ainda, que trata-se de subnotificação, já que são testados, majoritariamente, trabalhadores com sintomas”.

“O aumento considerável das notificações tem nos preocupado muito, pois sabemos que estes trabalhadores estão na linha de frente no atendimento à população e às empresas. Precisamos de medidas urgentes para frear a transmissão do vírus”, alerta Patrícia Carbonal da Cruz, diretora da Secretaria de Saúde e Condições de Trabalho do sindicato.

A entidade pede a suspensão temporária das atividades bancárias presenciais para o público externo nas regionais onde o decreto prevê a quarentena de 14 dias – como Curitiba e RMC. A sugestão é de que se mantenha o funcionamento presencial mínimo interno para atendimento somente emergencial, mediante agendamento eletrônico ou telefônico.

Decreto com medidas de prevenção
Os bancários requerem ainda que o governo determine medidas para redução da propagação do vírus no setor. “Solicitamos que as atividades bancárias sejam orientadas, via decreto, para que o atendimento presencial seja escalonado conforme outras atividades essenciais, como mercados e transporte público, em que esteja reduzido em escalas entre 30% e 50% da capacidade”, diz o SEEB, em documento enviado na última sexta-feira (3) ao governo do Paraná.

O texto lembra que o Executivo pode editar normativas específicas para regulamentar atividades econômicas nas quais surjam focos de infecção da doença. “Entendemos que a conscientização da população para que o acesso a serviço bancário como essencial deva ser, em tempos de pandemia, orientado para atendimento que se caracterize como emergencial, é também responsabilidade dos agentes públicos.”

Apesar das medidas de controle de contágio implantadas pelas agências bancárias, elas “podem ser reavaliadas como possível foco de transmissão de Covid-19, colocando em risco não somente esses trabalhadores, mas seus familiares e a população que acessa esse serviço”.

(Fonte: Plural)

Os comentários estão encerrados.